quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Teníase: Doença causada por helmintos

 

TENÍASE

 

Figura 01



Taxonomia Taenia Saginata https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh74oQ4exme_mCkfS4CLto18KKYNk5rl11-R3IA0E62w4trHM-ouZEAASY2esOIgcwuxghIKmkXcAHO18U1oFaqlVo8P4l0AxgGBrgAB6SNNeO5nZwoo-GAKXemu0QcrtF1MdhNLvXlp0Q/s640/slide_2.jpg

 

    A teníase é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por parasitas intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório, uma vez que absorvem nutrientes digeridos pelo hospedeiro. Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.

    Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando bovinos Ambas possuem corpo dividido em vários anéis denominados proglótides e na extremidade anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia solium, possui nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na fixação.

    As tênias também são chamadas de "solitárias", porque na maioria dos casos o portador traz apenas um verme adulto.

    São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino.No ciclo da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros. 

O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo portanto o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os espermatozoides de um anel fecundam os óvulos de outro segmento, no mesmo animal. Sendo assim, Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da doença. O animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano e pode conferir ao portador dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjoos, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. O hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos dos hospedeiros intermediários ou de outras pessoas.

    O tratamento consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.

Figura 02



Ciclo de vida da taenia solium https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7kvlv8obKQiGEhPZRJkPoTapY4wQGPU4cjNR_oOkOTx8kx_fjeWHg4ExNP9eBNH1_X1_RZJDhdqSQiNPRgqB8yxtAq9nmh98pdFjQQYbLRhu_rXDM0I4vwrboSUE49kXkj0qg245e4Yk/s640/tenias-reproducao.jpg

No meu Município Quixeramobim-CE não há casos confirmados de tenáse.

 

terça-feira, 10 de março de 2020

Libras, origem e reconhecimento legal no Brasil


Antigamente, existiam famílias “ouvintes” que escondiam os filhos surdos pela “vergonha” de ter concebido uma criança fora dos padrões considerados normais; e por isso os surdos quase não saíam de casa ou sempre ficavam acompanhados dos pais. A comunicação entre pais e filhos era muito complexa, pois esses não sabiam a Língua  de  Sinais  e  também  não  a  aceitavam;  achavam que  era “feio” fazer  “gesto” ou “mímica”.

Assim, os surdos eram mundialmente considerados como ineducáveis. A partir do século XVI, com mudanças nessa visão acontecendo na Europa, essa idéia foi sendo deixada de lado. Teve início a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um surdo francês, chamado Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso por ser incorreto, mas a escola seguiu forte e funciona até hoje, com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – o famoso INES.

A lei que regulamenta no Brasil é a Lei 10.436, a chamada “Lei de Libras”, discorre sobre a formação e atuação de profissionais no ensino de Libras, destacando no capítulo III, no artigo 4º, inciso III que:

a formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de licenciatura plena em Letras/Libras ou Letras: Libras/Língua Portuguesa com segunda língua (BRASIL, 2005, p. 2).

Assim, incluir alunos surdos na escola regular acarreta desafios e obstáculos relacionados à comunicação, interação, conhecimento e capacitação de professores que traduzem as próprias barreiras do ensino (SOUZA; SILVA; BUIATTI, 2015.